segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A REFLEXAO FILOSOFICA (Novo Texto FILO 2011)

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COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE COSTA E SILVA
DISCIPLINA – FILOSOFIA
PROF. RAYMUNDO GOUVEIA
A Reflexão Filosófica
O que é a Filosofia?


Ao ouvirmos a palavra “filosofia” imaginamos, muitas vezes, estar diante de um conjunto de teorias sem sentido, sem relação com o cotidiano. Alguns dirão: “A filosofia é coisa de louco” ou “é coisa de gente que não tem mais nada o que fazer”.
Estaria mesmo a filosofia distante do cotidiano? Seriam os filósofos seres lunáticos preocupados com coisas absurdas? O que teríamos a ver com a filosofia?
A Filosofia começa quando nos propomos a investigar o mundo, o homem e seus valores. Assim, afirma Marilena Chauí, a primeira resposta à pergunta “O que é Filosofia?”, poderia ser, como já vimos:
A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, os valores de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-las sem antes haver investigado.
Essa é uma pergunta bastante comum quando a Filosofia aparece na escola. Mas não vemos ninguém perguntar para que Matemática, Biologia ou Educação Física! A não ser quando não atingimos o conceito desejado nestas disciplinas. Mas todo mundo acha natural perguntar para que Filosofia!
Talvez porque achamos o Filósofo um ser estranho, com a cabeça no mundo da lua, dizendo coisas que ninguém entende. “Papo cabeça” demais que não serve para nada. “Não servir para nada” é uma afirmação que merece ser analisada. O que serve em nossa sociedade é aquilo que tem uma utilidade imediata, visível e muito prática. Quando nos pedem para ler ou pesquisar, logo perguntamos: o que vamos ganhar com isso? Por isso ninguém duvida da utilidade das Ciências, pois aí estão os computadores, os medicamentos, etc.
O que nós não sabemos é que as Ciências pretendem ser conhecimentos verdadeiros, baseados em procedimentos racionais e rigorosos. Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer os fatos, relação entre teoria e prática: tudo isso não é Ciência, são questões filosóficas.
O trabalho das Ciências pressupõe, como condição, o trabalho com a Filosofia. Não é à toa que os grandes cientistas se debruçaram sobre as questões filosóficas. Por exemplo, se você já ouviu falar em produto cartesiano, conhece também a relação da Matemática
Moderna com a Filosofia de Descartes? Se já ouviu falar em Teorema de Pitágoras, sabe que para o Filósofo grego o mundo é expressão dos números e que o triângulo representaria a harmonia de todas as coisas?
Você estaria se perguntando: Que coisa doida é essa? Isso significa que a culpa de eu ter que estudar o Teorema de Pitágoras é da tal Filosofia? Calma aí... Você não é tão normal quanto parece...
Que tal viajar na aula de Filosofia e se imaginar diante de uma bela cachoeira ou ainda estar sentado em seu sofá assistindo um desses programas de ecologia. De repente, você se pergunta: como pode tudo estar tão encaixado em seu devido lugar? Como tudo começou? O que mantém as coisas em ordem e ao mesmo tempo em mudança?
Essa era a pergunta que Pitágoras e outros filósofos fizeram e obtiveram diferentes respostas. Algumas inusitadas, como a de Demócrito que supunha uma partícula indivisível como princípio de todas as coisas. A afirmação de Demócrito provocou a curiosidade de muitas pessoas e estimulou pesquisas. Embora saibamos, hoje, que o átomo é divisível, o que seria da energia atômica sem Demócrito?
Algumas pessoas afirmam que a Filosofia é a Ciência com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual. Bobagem! A Filosofia não é Ciência, pelo menos não como entendemos a Ciência hoje. Mas, por exemplo, a Química, essa coisa fabulosa que permitiu produzir sandálias de plástico e outras coisas mais, surge da tentativa dos Filósofos Renascentistas de relacionar as partes ao todo, utilizando-se da Astrologia e da Alquimia. E a Física, responsável pelos motores potentes e pela aerodinâmica dos carros, surge da busca de uma explicação para a phisis - palavra grega que compreende a natureza em movimento e permanência.
As Ciências estão, de alguma forma, relacionadas à Filosofia porque o objeto da Filosofia é a própria reflexão, o retorno do pensamento a si mesmo para indagar o que são as coisas. O que é a Ciência, a Arte, o mundo, o homem, enfim, o que somos nós, como pensamos? Mas... para quê isso?
Observemos o que diz o Filósofo e Educador Matthew Lipman:
Para mim, a coisa mais interessante do mundo é o pensamento. Eu sei que uma porção de coisas
também são muito importantes e maravilhosas, como a eletricidade, o magnetismo e a força da gravidade. Mas, embora a gente compreenda essas coisas, elas não podem nos compreender. Portanto, o pensamento deve ser uma coisa muito especial. Se pensamos sobre a eletricidade, podemos compreendê-la melhor, mas quando pensamos sobre o pensar, parece que compreendemos melhor a nós mesmos.
Ora, você pode agora estar em um dilema pensando se quer ficar na festa com o cara ou a garota mais bonita da escola ou com aquela que nem é tão bonita, mas é uma ótima companhia. Você terá que voltar o pensamento para si mesmo, perguntando o que significa mais para você: uma boa companhia ou a beleza?
Não importa qual a sua resposta. O que importa é o processo de reflexão que o conduziu a esta pergunta. É provável que você nem chegue a uma resposta e fique na festa com quem aparecer primeiro. Existe também a possibilidade de você se lamentar por um bom tempinho pela sua atitude. O desfecho desses dilemas é variado, mas o processo de reflexão é bastante comum em várias situações.
Mas, cuidado! Não se julgue um Filósofo porque alguma vez na vida, você já fez essas perguntas. A Reflexão Filosófica não é qualquer reflexão, ela tem suas exigências.
Dermeval Saviani aponta três exigências para que possamos caracterizar uma reflexão como filosófica.
A primeira é a radicalidade. Já ouvimos falar em esportes radicais ou atitudes radicais. Os esportes radicais são aqueles praticados por pessoas que gostam de superar os limites e vão além dos outros. Por exemplo, várias pessoas dirigem, algumas bem, outras nem tanto. Algumas correm com seus automóveis, mas o automobilismo busca superar os limites do piloto e do automóvel, desafiando a velocidade. O mesmo poderia ser dito sobre a radicalidade da reflexão filosófica. Voltemos ao exemplo anterior: Ao se perguntar se fica com a
garota mais bonita ou com a que é boa companhia, você estende sua reflexão buscando seus fundamentos, buscando superar os limites, buscando as raízes de sua forma de pensar e se pergunta: O que é, afinal das contas, beleza? O que é uma boa companhia? O que é bom ou mal?
A segunda exigência de uma reflexão filosófica é a sistematização. Se nos perguntarmos o que é sistema, veremos que se trata de um conjunto de dados coerentemente organizados e relacionados de tal forma, que tudo parece estar ligado a tudo. Isto pode ser mais facilmente compreendido se pensarmos, por exemplo, na computação. O mesmo se pode afirmar sobre a reflexão filosófica, é preciso que as idéias tenham relações umas com as outras, que não sejam contraditórias ou incoerentes, que se mostrem bem fundamentadas. Isso significa que “a filosofia trabalha com enunciados precisos e rigorosos, opera com idéias e conceitos obtidos por procedimentos de demonstração e prova, exige fundamentação racional do que é enunciado e pensado. Somente assim a reflexão filosófica pode fazer com que nossa experiência cotidiana, nossas crenças e opiniões alcancem uma visão crítica de si mesma. Não se trata de dizer “eu acho que”, mas de poder afirmar “eu penso que”.
E a terceira exigência da reflexão filosófica é a abrangência. A reflexão filosófica, como dizia Hegel, é como a coruja de Minerva que alça seu vôo ao entardecer. Alçar vôo significa ver de uma forma mais ampla. Olhar aquilo que não foi olhado no todo, mas só nas partes. A Filosofia alça vôo ao entardecer, pois sendo um procedimento de investigação sistemático e crítico, só pode analisar os fatos quando estes já aconteceram.
Isso significa que o trabalho do Filósofo é sempre atrasado? Não! Essa é a concepção de um Filósofo sobre a Filosofia. A busca da radicalidade, da sistematicidade e da abrangência nos coloca diante de uma multiplicidade de teorias e visões. Teorias que não são apenas opiniões que aparecem em programas de auditório no estilo “você decide”, mas que podem nos auxiliar a pensar na forma de como pensamos.
Nos pergunta, finalmente, Marilena Chauí: A Filosofia é útil ou inútil? Sua resposta é bom início para uma reflexão filosófica:

O primeiro passo para respondermos esta pergunta seria considerarmos o que é útil ou inútil. Se útil for obter fama ou dinheiro, a Filosofia reivindica o direito de ser inútil, mas se útil for descobrir o sentido de nossa existência, de nossos valores, de nossa cultura não há e nem pode haver saber mais útil que a Filosofia.


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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Download dos assuntos de Biologia 1° Unidade parte 1

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Conteúdo

Regras gerais
I Unidade - Lista de Exercícios
Genética
O CLONE
Revisão Ácida nucléicos
Revista Veja - 30 de setembro de 2009

Downlod

http://www.4shared.com/file/EH0f2X9v/1Unidade_biologia_assuntos.html

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Regras gerais

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Colégio Estadual Presidente Costa e Silva
Ano letivo 2011 / Disciplina: Biologia / Turno: Matutino
Profª: Silvânia Veloso
prosilvel@gmail.com
3ª série
Livro: César e Sezar – volume único

Regras gerais:
1. O uso de celular e de equipamentos de som, bem como, merendar em sala, não é permitido;
2. Os trabalhos em equipe não poderão ser feitos individualmente, exceto para os alunos de matrícula especial;
3. Independente do tipo de instrumento, a presença dos componentes nos dias de entrega e/ou apresentação de trabalhos em grupo é obrigatória, sob pena de perda total dos pontos da atividade;
4. Apesar da tolerância para entrada na escola no 1º horário, o aluno que não estiver presente em sala às 07:15 não terá direito a realizar avaliação em outro horário, salvo se todos os alunos ainda permanecerem em sala, isto, é saída de um aluno no horário de avaliação implicará no impedimento de qualquer aluno que chegue atrasado;
5. Segunda chamada de avaliação somente será realizada com autorização da
Coordenação Pedagógica (3º ano: profª Laura).
6. Os alunos com freqüência irregular poderão constituir um grupo específico para os trabalhos em equipe, de acordo com a decisão da professora regente.

I Unidade - Genética
Capítulo 1 - Os trabalhos de Mendel: a primeira lei
Capítulo 2 - A primeira lei e a espécie humana
Capítulo 4 - Os alelos múltiplos
Capítulo 5 - Cromossomos sexuais e herança
Capítulo 9 - Anomalias genéticas na espécie humana (albinismo, anemia falciforme, Síndrome de Down, hemofilia)
Capítulo 10 – Biotecnologia (organismos transgênicos, terapia gênica e exame de DNA, clonagem, células-tronco)


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Aberto da novela o clone

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  Esse vídeo da tem a vê com o assunto genética que vamos estuda na 1°Unidade

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I Unidade - Lista de Exercícios

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Colégio Estadual Presidente Costa e Silva
Disciplina: Biologia Profª Silvânia Veloso
3º ano Turno: Matutino

I Unidade - Lista de Exercícios

01. Um casal não consegue ter filhos porque a mulher, apesar de produzir óvulos normais, possui o útero atrofiado (útero infantil). Uma amiga se dispõe a desenvolver em seu útero o embrião do filho do casal, obtido por fecundação em laboratório. Essa amiga, no entanto, é portadora de uma doença hereditária. Há possibilidade de essa doença ser transmitida a criança? Justifique sua resposta.

02. A parte do caju utilizada para fazer sucos e doces é um falso fruto ou pseudocarpo, que pode ser vermelho ou amarelo. O gene que determina a cor vermelha do pseudocarpo é dominante. Bruno e Bianca foram visitar o proprietário de um sítio que pretende fazer cruzamento entre cajueiros heterozigotos e que deseja saber qual o percentual de novos cajus amarelos que terá.

03. Supondo-se que a braquidactilia (dedos curtos) é uma característica autossômica recessiva, como serão os descendentes de Daniele Cristina e Victor que é heterozigoto e ela é homozigota dominante?

04. O gene autossômico que condiciona pêlos curtos no coelho é dominante em relação ao gene que determina pêlos longos. Do cruzamento entre coelhos heterozigotos nasceram 480 coelhinhos.

a) Quantos tinham pêlos curtos?
b) Entre esses coelhinhos de pêlos curtos, qual o nº de heterozigotos?
05. Supondo-se que o prognatismo mandibular (projeção da mandíbula para frente) é uma característica autossômica recessiva, como serão os descendentes de Matheus que é heterozigoto e Mércia que é homozigota recessiva?

06. Em certas raças de cavalo, o caráter troteiro é devido ao gene dominante e o marchador ao alelo recessivo. Como serão os descendentes do cruzamento de um cavalo heterozigoto com uma égua marchadora?

07. Flávia apresenta uma projeção do couro cabeludo no meio da testa, que é chamada de bico-de-viúva. Essa é uma característica dominante e não é relacionada ao sexo. Do casamento de Ivan que não apresenta bico-de-viúva, com Flávia, que é heterozigótica, poderá ser gerado um filho com bico-de-viúva? Justifique sua resposta

Observação: Do 1º ao 22º par de cromossomos da espécie humana, temos os autossomos enquanto o
23º par é o cromossomo sexual, portanto as características autossômicas são aquelas em que o sexo do indivíduo não interfere.

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Revisão Ácidos nucléicos

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Ácidos nucléicos
_ Apenas alguns vírus possuem o RNA como material genético.
_ DNA (ácido desoxirribonucléico) - interior do núcleo
_ RNA (ácido ribonucléico) - fabricado no interior do núcleo, sob comando do DNA, mas atuando no citoplasma, fazendo parte dos ribossomos.
_DNA ou RNA é constituída pela repetição de grupos moleculares menores chamados nucleotídeos.
_Cada nucleotídeo, por sua vez, é constituído por três unidades moleculares: um açúcar (pentose), ácido fosfórico e uma base nitrogenada.
_DNA = ácido fosfórico + desoxirribose + Adenina / Guanina / Timina / Citosina
_RNA = ácido fosfórico + ribose + Adenina / Guanina / Uracila / Citosina

_Funções do DNA:
• transmitir a informação genética de uma célula à outra, ou de um organismo a outro.
• comandar a fabricação de proteínas, controlando a seqüência de seus aminoácidos.
_Gene = é um segmento de um cromossomo a que corresponde um código distinto, uma informação para produzir uma determinada proteína ou controlar uma característica.
_20.000-25.000 genes


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Genética

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Área da Biologia que estuda a transmissão do material genético ao longo das gerações.
                                                                           Gregor Mendel 
  • 1865 – Gregor Mendel: fatores são transmitidos de pai para filho
  • 1910 – os genes “moram” nos cromossomos e são distribuídos às células-filhas nas divisões celulares
  • 1914 – os genes são pedaços do DNA
  • 1930 – teoria evolucionista de Darwin se complementa pelas descobertas de Mendel

Motivos do sucesso dos experimentos de Mendel: uma característica de cada vez; escolha do material (ervilhas Pisum sativum: tempo de reprodução curto, autofecundação) características contrastantes (sem intermediária) (07 características) tratamento estatístico dos resultados (28 mil pés de ervilhas em 09 anos)
Um dos experimentos de Mendel
  • sementes lisas x sementes rugosas
                 sementes lisas
  • sementes lisas x sementes lisas
  • sementes lisas e sementes rugosas
v     _ dominante (liso) e recessivo (rugoso)
v     _ fator determina a característica
v     _ cada planta possui 02 fatores (01 do pai e 01 da mãe)

A Primeira Lei de Mendel

  • _ Lei da Pureza dos Gametas
  • _ Cada caráter é condicionado por dois fatores.
Eles se separam na formação dos gametas, indo apenas um fator para cada gameta.
  • _ Ideias básicas:
Existem dois genes para cada caráter;
Os dois genes se separam (se segregam) na formação dos gametas, indo apenas um gene para cada gameta.

Termos usado em genética

  • _ Genótipo: é a constituição gênica dos indivíduos
  • _ Fenótipo: é cada variedade do caráter que pode aparecer no indivíduo, observável de alguma forma; é o resultado da interação do genótipo com o ambiente
  • Gene: pedaço de molécula de DNA, no qual está codificado uma característica hereditária.

  • _ Genes alelos: genes que se encontram no mesmo lócus de dois cromossomos homólogos.
  • _ Cromossomos homólogos: par de cromossomos, de mesmo tamanho, mesma forma e idêntica posição dos genes.
  • _ Gene Dominante: é aquele que, mesmo em dose simples no genótipo, determina o fenótipo.
Representando por letra MAIÚSCULA.
  • _ Gene Recessivo: é aquele que, estando junto do dominante, no heterozigoto, comporta-se como inativo, não determinando o fenótipo.
Representado por letra minúscula.
  • _ Homozigoto ou puro: indivíduo que possui dos genes iguais para um caráter; uma dose dupla de um mesmo alelo
  • _ Heterozigoto ou híbrido: indivíduo que possui dos genes diferentes para um caráter
  • _ Geração Parental: P
  • _ 1ª Geração de Filhos: F1
  • _ 2ª Geração de Filhos: F2

DNA mitocondrial (DNAmt) - é herdado apenas da mãe, não havendo nenhuma contribuição do pai na época da fertilização.
Quando o espermatozóide penetra o óvulo, não há entrada de mitocôndria.
 Apenas o DNA da cabeça do espermatozóide contribui para a formação do zigoto.
 A única fonte de DNAmt do zigoto é materna.
 A mãe passa o seu componente de DNA mitocondrial para suas filhas e filhos.
 Os filhos não podem passar sua informação genética adiante; a informação pode ser passada apenas pelas filhas.


  • Cruzamento-teste

A simples observação do fenótipo de um indivíduo dominante não permite determinar seu genótipo, uma vez que ele pode ser homozigoto ou heterozigoto.
Cruza-se um indivíduo de genótipo desconhecido com um parceiro recessivo; o fenótipo dos descendentes vai fornecer a resposta. Se no cruzamento-teste forem produzidos dois tipos de descendentes com fenótipos dominante e recessivo, conclui-se que o genitor testado é heterozigoto; se todos os descendentes forem de fenótipo dominante o genitor é homozigoto.

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Revista Veja - 30 de setembro de 2009

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Revista Veja - 30 de setembro de 2009

Um tribunal da Tanzânia mandou para a forca, na terçafeira passada, três homens que mataram um menino albino de 14 anos e amputaram suas pernas. É a primeira condenação para um tipo de crime comum no país. Desde 2006, pelo menos 75 albinos foram mortos e esquartejados no país. O albinismo é uma deficiência na produção de melanina, o pigmento que dá cor a pele, olhos, cabelos e protege da radiação ultravioleta. Os portadores da deficiência têm a pele pálida e vulnerável ao câncer, cabelos finos e olhos sensíveis à luz. Devido a uma superstição macabra, que atribuiu poderes sobrenaturais aos "zero-zero" – como são pejorativamente chamados –, nenhum albino está a salvo na África Oriental, sobretudo na Tanzânia e no Burundi. Eles são caçados e têm o corpo retalhado para ser vendido aos fabricantes de mandingas. Samwel Mluge, albino de 50 anos que vive na Tanzânia, casouse com uma albina e a alteração genética foi transmitida aos seus cinco filhos. "Sempre digo às crianças para serem cuidadosas e só andarem em grupo", disse Mluge a VEJA. "Eu me sinto caçado como um animal."
Na Tanzânia, país entre os últimos colocados no ranking de desenvolvimento humano da ONU e com renda per capita de 440 dólares, o comércio de órgãos para feitiçaria é um negócio que vale qualquer risco. As partes mais valorizadas do corpo de um albino (dedos, língua, braços, pernas e genitais) podem atingir 3 000 dólares a peça. Apesar de a incidência de albinismo no país estar cinco vezes acima da média mundial, a demanda é tão grande que a Tanzânia importa clandestinamente pedaços de corpos. Pescadores tecem fios de cabelo de albinos em suas redes para ter sucesso na pescaria. Mineiros penduram no pescoço amuletos feitos com seus ossos moídos. Quem consegue beber o sangue ainda quente de um albino tem sorte em dobro. Melhor ainda se for de uma criança, pois a pureza infantil intensifica o poder do feitiço.
Alimentado pela miséria e pela ignorância, um extenso rol de tradições brutais persiste na África. A mutilação genital das meninas é a norma entre a etnia majoritária do
Quênia, por exemplo. A tortura e o assassinato pelos próprios familiares de crianças acusadas de possessão demoníaca são uma praga na África Austral. O caso dos albinos provoca maior indignação mundial devido aos esforços de um albino canadense, Peter Ash, que criou a ONG Under the Same Sun para pressionar o governo da
Tanzânia a reprimir o tráfico de carne humana. Poucas providências foram tomadas. "Sabemos que pessoas poderosas se consultam com os feiticeiros e não querem ver seu nome em tribunais. Se as vítimas fossem normais, os culpados já estariam presos", disse Ash a VEJA. Na semana passada, ele desembarcou na Tanzânia para continuar sua campanha. Por razões óbvias, fez-se acompanhar de três guarda-costas.
Revista Veja - 30 de setembro de 2009

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Downlod da Apostila de História 1° Unidade

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Conteúdo

O fim da guerra
O fim do chamado “socialista real”
A unificação da Alemanha (1989)
A queda do “socialismo real” atingiu outros países da Europa central
Os conflitos nos Bálcãs
O tempo das incertezas
As nações asiático-orientais
Os países do ex-socialismo real
A incorporação dolorosa ao capitalismo
Globalização aprofunda o abismo entre ricos e pobres

Downlod
http://www.4shared.com/file/4OoLi0v6/Apostila_de_Histria_1_Unidade.html

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pra que Filosofia?

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COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE COSTA E SILVA
DISCIPLINA: FILOSOFIA
PROF.  RAYMUNDO GOUVEIA

Pra que Filosofia?
(texto adaptado para fins didáticos)
Marilena Chauí

Então, o que é Filosofia e pra que ela serve?

Uma primeira resposta à pergunta: “O que é Filosofia?” poderia ser: A decisão de não aceitarmos como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos, as crenças e as opiniões. Ou seja, a decisão de duvidarmos do Senso Comum.
Certa vez, perguntaram a um filósofo: “Pra que Filosofia?”. Ele respondeu: “Para não darmos aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações.
A Atitude Filosófica (ou Senso Crítico)

Imaginemos alguém que tomasse a decisão de fazer perguntas inesperadas como, por exemplo, em vez de “que horas são?”, “O que é Tempo?”, ou, em vez de gritar “Mentiroso!”, questionasse-se sobre “o que é a verdade” ou “o que é a falsidade”. Ou ainda, se ao invés de exclamar: “Onde há fumaça, há fogo...”, perguntasse-se “o que é a causa?” ou “O que é o efeito?”. Se, em vez de xingar alguém de desonesto, avaliasse “o que é um valor moral”. Ou mesmo se perguntasse “O que é o desejo?”, ao invés de dizer: “Eu quero isso!”.

Em todos esses casos, essa pessoa estaria tomando distância da vida cotidiana e de si mesma. Teria passado a indagar o que são as crenças, as opiniões e os sentimentos que, silenciosamente, alimentam a nossa existência.

Ao tomar essa distância, estaria interrogando a si mesma, desejando conhecer por que cremos no que cremos, por que sentimos o que sentimos e o que são nossas crenças e nossos sentimentos. Esse alguém estaria começando a adotar o que chamamos de Atitude Filosófica ou Senso Crítico.
As duas fases da Atitude Filosófica
1ª) ATITUDE CRÍTICA
A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juizos, às crenças, opiniões e
Idéias da experiência cotidiana, ao que todo mundo diz e pensa, enfim, ao estabelecido. Por isso, o patrono da Filosofia, o grego Sócrates, afirmava que a primeira grande verdade filosófica é dizer para si mesmo: “Só sei que nada sei”. Isto mostra o quanto é importante para a Filosofia que nós nos comportemos o tempo todo como aprendizes.2ª) PENSAMENTO CRÍTICO
O segundo momento da Atitude Filosófica, o Pensamento Crítico, é positivo. Nele, nos perguntamos sobre O que são as coisas ou idéias, por que elas são como são e como é possível elas serem assim, e não de outra maneira. Ou seja, o pensamento filosófico estrutura-se através dessas 3 perguntas (O quê?, Por quê e Como?) para investigar as questões que se apresentam para nós, em nossa vida cotidiana.

- Através do “O QUÊ?” desvendamos a realidade ou natureza de qualquer coisa, idéia ou valor, ou seja, o seu conteúdo.
- Através do “POR QUÊ?” a Filosofia pergunta-se sobre a origem de algo ou pelas causas que a formaram.
- Através do “COMO?” procuramos desvendar a estrutura e as relações que constituem as coisas, idéias ou valores.
REFLEXÃO


A Atitude Filosófica inicia-se dirigindo essas indagações ao mundo que nos rodeia e às relações que mantemos com ele. Pouco a pouco, porém, descobre-se que estas questões se referem, afinal, à nossa capacidade de conhecer, à nossa capacidade de pensar.

Por isso, pouco a pouco, as perguntas da Filosofia se dirigem ao próprio pensamento: o que é pensar, como pensar, por que há o pensar? A Filosofia torna-se, então, o pensamento interrogando-se a si mesmo. Por ser uma volta que o pensamento dá sobre si mesmo, a Filosofia realiza-se como reflexão.

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As Filosofia Existencialista

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C.E.P. COSTA E SILVA
FILOSOFIA / PROF. RAYMUNDO GOUVEIA
2ª série / IV UNIDADE

AS FILOSOFIAS EXISTENCIALISTAS 

(Texto adaptado do livro: "É proibido proibir - Sartre", Fernando José de Almeida, FTD, São Paulo, 1988, p. 6-15)


O nascimento do século XX é marcado por uma infinidade de conflitos regionais que culminaram com a explosão de um novo modo de fazer guerra: a 1ª Guerra Mundial, iniciada em 1914. Nunca tantos mortos (20 milhões de soldados e civis, por bombardeios, massacres, fome ou epidemias), nunca tanta sofisticação de gases asfixiantes, metralhadoras, balas explosivas, canhões e tanques.
Em 1917 estourou a Revolução Russa, prenúncio de uma nova sociedade, radicalmente diversa da capitalista, também com milhões de mortos, deportados e mutilados.
Em 1929 a quebra da Bolsa de Valores de Nova York carregou de cores sombrias esse cenário, causando desemprego em massa, fome, extorsões e contrabandos, além de pressões econômicas das nações ricas sobre os países pobres.
Mal refeito da 1ª Guerra e dos abalos da economia, o mundo se envolveu, em 1939, numa 2ª Guerra Mundial, ainda mais destruidora e cruelmente sofisticada. Os tiros dos campos de batalha terminaram em 1945, mas o conflito ainda permaneceu aberto, pulsante como uma chaga viva.
Não contentes com os 45 milhões de mortos, os interesses das nações e de seus dirigentes inauguraram a guerra fria. O clima da guerra fria se caracterizou pelo medo generalizado diante da constante ameaça de uma guerra nuclear, acusações mútuas entre americanos e soviéticos, espionagem e contra-espionagem, perseguições ideológicas e censura às artes e ao pensamento. Mas não pense você que isto foi o fim do mundo.
Em meio aos gritos de dor, debaixo dos bombardeios e contando com recursos de milhões de dólares, a ciência e a tecnologia se desenvolveram espantosamente. Dia e noite trabalhavam para (além de artefatos bélicos) produzir invenções que trouxessem benefícios para a humanidade.

Muita guerra, muita tecnologia: cadê o homem?

O que o homem não conseguiu nos 100 mil anos de sua existência sobre a Terra, alguns países da Europa e os EUA conseguiram nos primeiros 50 anos do século XX. Máquinas novas, cidades de  concreto, TV, vacinas, automóvel, avião, foguete, domínio da energia atômica, informática...
No entanto o homem científico e a sociedade tecnológica não cumpriram uma promessa esperada: a melhoria da vida humana.
E sabe por quê? Porque junto com o conhecimento exato produzido pela ciência - quase uma deusa - veio um monte de bugigangas tecnológicas, que tinham por trás um projeto de dominação política e econômica. As guerras foram uma forma de reforçar essa dominação.

Afinal se percebeu que as certezas da ciência não serviam em nada à causa de uma sociedade mais humana. Os homens da década de 50 não poderiam pensar de outro modo:

"Que sujeito é este que domina as distâncias e se comunica em segundos e tem poder de explodir várias vezes este planeta e, contudo, não se conhece?".

O mundo (salvo umas privilegiadas exceções que tentavam impor-se como regras) caminhava para o caos, para o agravamento da dominação e do extermínio.
Poucas nações, poucos grupos dominavam quase toda a riqueza, os bens culturais e o poder político do mundo. Após as duas guerras mundiais, a fé do homem em si mesmo e na sua obra era decepcionante! A guerra destruira em pouco tempo agrupamentos humanos, realizações materiais e tesouros de arte que demoraram séculos para se constituir.

Inverter a História 

Alto lá! Os jovens e os pensadores dos anos 50 precisavam achar a ponta desse emaranhado, para ajudar a mudar o curso dessa história. Ao verem a triste situação do mundo e de si mesmos, eles se perguntavam: tanta busca, tanto sonho, tanto amor, tanto trabalho, para NADA?
Onde está o bem? Qual é a linha que o separa do mal? Haverá uma saída para evitar que esta aventura de viver não termine na morte com nossas próprias unhas?
Onde está a verdade: na ciência? no ser humano?
Uma certeza: a ciência não responde a tudo. Ela não é tão autônoma corno aparentava, mas está amarrada a um projeto de sociedade. Há de se buscar na Filosofia um conjunto coerente de respostas para o dilema de viver.
A Filosofia apareceu como uma nova paixão capaz de indicar novos caminhos. A sabedoria dos jovens pensadores angustiados percebia que a vida é incerta, é ambígua. Nada é como nos ensinavam os   velhos filmes de caubói, em que o chapéu do herói metido em brigas jamais cai, seu revólver jamais descarrega e ele sempre acaba dando um beijo (cinematográfico...) em sua noiva.
Hollywood punha divisórias na tela: de um lado ficava o índio, sempre traidor e ignorante; do outro, o branco, doce conquistador (de mulheres e terras alheias), acompanhado de crianças lourinhas e música romântica. O bem e a mentira eram claramente separados. O progresso sempre estava ao lado da ciência. enquanto outras dimensões humanas eram classificadas de bruxaria, e por isso olhadas com surpresa.
Não é isso que acontece na vida real.
Dentro de cada indivíduo e na trama da sociedade, a realidade é ambígua: o bem e o mal andam de mãos dadas, misturam-se. Ora odiamos, ora amamos. (veja a música "Metamorfose ambulante", de Raul Seixas).
O mesmo bandido que rouba latifundiários tem bons sentimentos com as crianças, e o justiceiro louro, montado em seu cavalo idem, pode ser mesquinho com seus pais e ter medo de quarto escuro.
Quem está com a verdade? Quem está com a mentira?(O que você acha?)

O gosto pela evidência e o sentido da ambigüidade  

A realidade humana é cheia de contradições: a própria vida está cheinha de morte, e seus poros transpiram dores:

"A hora do encontro é também despedida
chegar e partir são dois lados da mesma viagem
o trem que chega é o mesmo trem da partida
a plataforma desta estação é a vida. "(Milton Nascimento)

Apenas um bisturi mental é capaz de separar a verdade da falsidade ou o belo do feio. Essa cirurgia é feita utilizando-se o pensamento. Cada um de nós pode entender com clareza o que é bem e o que é mal. Só que isso não basta.
Viver é diferente de entender!
Na primeira metade do nosso século, os filósofos ainda estavam preocupados em separar o certo do errado, em classificar quem era sujeito e quem era objeto: "Há diferença entre o eu que pensa e as coisas exteriores ao pensamento?". Esses pensadores foram atraídos pela clareza e buscaram iluminar a existência humana.
Mas logo a existência se manifestou escorregadia: ela escapa de cada rede que a razão lança sobre ela para capturá-la e estudá-la.
 Enterrado nos escombros de um mundo que desabou, para o angustiado homem do pós-guerra desvendar a vida humana transformou-se num questão de sobrevivência.
É por isso que os existencialistas, filósofos por excelência dos anos 50, se definiram como aqueles que têm "o gosto pela evidência e o senso da ambigüidade". Daqui para frente vamos falar de um homem assim: angustiado. Nele você certamente encontrará muito do conhecimento de cada um de nós, do nosso tempo e do nosso mundo.

A filosofia existencialista do século XX é influenciada por precursores como Kierkegaard, Nietzsche, Husserl, que também tiveram uma preocupação pela existência, pelo vivido.

Não há propriamente o existencialismo, como se fosse uma escola filosófica definida. É mais correto falar-se em "clima existencialista" já que cada pensador dessa corrente tem uma abordagem original.

 Mas há um núcleo de preocupações e temas fundamentais, comuns à maioria dos existencialistas:

·        a razão humana é impotente para resolver todos os problemas da existência;
·        o homem está sempre se fazendo e refazendo;
·        o ser humano é frágil;
·        a realidade nos aliena, nos toma estranhos a nós mesmos;
·        a morte é uma presença constante na vida;
·        não se pode fugir da solidão;
·        a existência é um mistério;
·        o Nada provoca o ser humano a avançar.

Antes de serem uma filosofia do mundo, ou das coisas, as idéias existencialistas pretendem ser uma filosofia do homem. Não são reflexão de um homem perfeitamente organizado, ideal, passível de ser analisado e compreendido. Trata-se de uma filosofia de um homem misterioso, surpreendente, dilacerado por contradições insolúveis.

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Existencialismo

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C.E.P. COSTA E SILVA
FILOSOFIA – 2ª SÉRIE / IV UNIDADE
PROF. RAYMUNDO GOUVEIA

EXISTENCIALISMO

O homem está condenado a ser livre

Existencialismo é um conjunto de doutrinas filosóficas que tiveram como tema central a análise do homem em sua relação com o mundo, em oposição a filosofias tradicionais que idealizaram a condição humana.

É também um fenômeno cultural, que teve seu apogeu na França do pós-guerra até meados da década de 1960, e que envolvia estilo de vida, moda, artes e ativismo político. Como movimento popular, o existencialismo iria influenciar também a música jovem a partir dos anos 1970.

Apesar de sua fama de pessimista, o existencialismo, na verdade, é apenas uma filosofia que não faz concessões: coloca sobre o homem toda a responsabilidade por suas ações.

O escritor, filósofo e dramaturgo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980), maior expoente da filosofia existencialista, parte do seguinte princípio: a existência precede a essência. Com isso, quer dizer que o homem primeiro existe no mundo - e depois se realiza, se define por meio de suas ações e pelo que faz com sua vida.

Assim, os existencialistas negam que haja algo como uma natureza humana - uma essência universal que cada indivíduo compartilhasse -, ou que esta essência fosse um atributo de Deus. Portanto, para um existencialista, não é justo dizer "sou assim porque é da minha natureza" ou "ele é assim porque Deus quer”.

Ao contrário, se a existência precede a essência, não há nenhuma natureza humana ou Deus que nos defina como homens. Primeiro existimos, e só depois constituímos a essência por intermédio de nossas ações no mundo. O existencialismo, desta forma, coloca no homem a total responsabilidade por aquilo que ele é.

Somos os responsáveis por nossa existência
Se o homem primeiro existe e depois se faz por suas ações, ele é um projeto - é aquele que se lança no futuro, nas suas possibilidades de realização. O que isso quer dizer?

Eu não escolho nascer no Brasil ou nos EUA, pobre ou rico, branco ou preto, saudável ou doente: sou "jogado" no mundo. Existo. Mas o que eu faço de minha vida, o significado que dou à minha existência, é parte da liberdade da qual não posso me furtar. Posso ser escritor, poeta ou músico. No entanto, se sou bancário, esta é minha escolha, é parte do projeto que eliminou todas as outras possibilidades (escritor, poeta, músico) e concretizou uma única (bancário).

E, além disso, tenho total responsabilidade por 

aquilo que sou. Para o existencialista, não há desculpas. Não há Deus ou natureza a quem culpar por nosso fracasso. A
liberdade é incondicional e é isso que Sartre quer dizer quando afirma que estamos condenados a sermos livres: "Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável
por tudo quanto fizer". Portanto, para um existencialista, o homem é condenado a se fazer homem, a cada instante de sua vida, pelo conjunto das decisões que adota no dia-a-dia.

"Tive que cuidar dos filhos, por isso não pude fazer um curso universitário." "Não me casei porque não encontrei o verdadeiro amor." "Seria um grande ator, mas nunca me deram uma oportunidade de mostrar meu talento." Para Sartre, nada disso serve de consolo e não podemos responsabilizar ninguém pelo que fizemos de nossa existência. O que determina quem somos são as ações realizadas, não aquilo que poderíamos ser. A genialidade de Cazuza ou Renato Russo, por exemplo, é o que eles deixaram em suas obras, nada além disso.

O peso e a importância da liberdade
Mas ao escolher a si próprio, a sua existência, o homem escolhe por toda a humanidade, isto é, sua escolha tem um alcance universal. João é casado e tem três filhos: fez uma opção pela monogamia e a família tradicional. Já seu amigo José é filiado a um partido político e vai para o trabalho de bicicleta: acha correta a participação política e se preocupa com o meio ambiente. As escolhas de José e João têm um valor universal. Ao fazer algo, deveríamos nos perguntar: e se todos agissem da mesma forma, o mundo seria um lugar melhor de se viver?

E é por esta razão que o viver é sempre acompanhado de angústia. Quando escolhemos um caminho, damos preferência a uma dentre diversas possibilidades colocadas à nossa frente. Seguimos o caminho que julgamos ser o melhor, para toda humanidade.

Fugir deste compromisso é disfarçar a angústia e enganar sua própria consciência. É agir de má-fé, segundo Sartre. Neste caso, abro mão de minha responsabilidade. Digo: "Ah... nem todo mundo faz assim!", ou então delego a responsabilidade de meus atos à sociedade, às pessoas de meu convívio familiar e profissional ou a um momento de ira ou paixão. No entanto, para os existencialistas, esta é uma vida inautêntica.

À primeira vista, o peso da liberdade depositado no homem pelos filósofos existencialistas pode parecer excessivamente pessimista, fatalista, de uma solidão extrema no íntimo de nossas decisões. Mas, ao contrário, o existencialista coloca o futuro em nossas mãos, nos dá total autonomia moral, política e existencial, além da responsabilidade por nossos atos. Crescer, portanto, não é tarefa das mais fáceis.

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Download da Apostila de Filosofia da 1°Unidade

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Apostilas de Filosofia
Conteúdo
1°Pra que Filosofia?.
2°As filosofias existencialistas.
3°Existencialismo.

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