quinta-feira, 29 de setembro de 2011

RESUMO ESQUEMÁTICO / QUESTÕE

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             EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO POLÍTICO – RESUMO ESQUEMÁTICO

SOFISTAS – Mestres da oratória; cobravam altos preços por seus ensinamentos. Importantes no contexto das intensas disputas políticas na Grécia Antiga, pois divulgavam técnicas eficientes de persuasão, indispensáveis aos discursos em praças públicas e assembleias.

SÍNTESES DE ALGUMAS IDEIAS APRESENTADAS NOS TRABALHOS DO TURNO MATUTINO


PLATÃO – Autor da obra “A República”. Concepção aristocrática da Política (“aristos”: os melhores; “Cracia”: governo); defende a ideia do “rei-filósofo” como único capaz de governar, diante da incapacidade da maioria das pessoas. Só o “rei-filósofo” conhece a essência do bem e da justiça.

ARISTÓTELES – “O homem é um animal social e político” A política faz parte da natureza humana, pois o homem não pode viver isolado dos demais. A forma mais adequada de organização social é a pólis (cidade). A política é uma continuação da ética; a ética busca o bem individual enquanto a política visa o bem coletivo, o bem comum. É autor da obra “Política”.

IDADE MÉDIA – Aliança entre o poder eclesiástico e o poder político. Difusão da ideia do direito divino de governar atribuído aos reis, daí a monarquia ser considerada a forma mais adequada de exercício do poder e de se alcançar o bem comum. O pacto entre Igreja e Estado resulta em instituições como o Tribunal da Inquisição, que perseguiu e puniu os hereges, bem como o Index (lista de livros proibidos).

MAQUIAVEL – (1469-1527) – filósofo italiano. Fundador do pensamento político moderno. Procura desvincular a ética da política, diferentemente dos filósofos da antiguidade e do modelo medieval. Passa a considerar a política em termos reais e não em termos ideais. Enfatiza que o objetivo da política a manutenção do poder do Estado e que, para tanto, a ação política não deve considerar aspectos morais (neste sentido, “os fins justificam os meios”). A política é uma esfera autônoma, desvinculada, portanto, da ética e da religião. Obra de destaque no campo político: “O Príncipe”.

THOMAS HOBBES – (1588-1679) – filósofo inglês. Principal obra de cunho político: “O Leviatã”. Diferentemente de Aristóteles, não admite que o homem possua um instinto natural de sociabilidade. “O homem é o lobo do próprio homem” – ou seja – cada homem vê em seu semelhante um oponente, um adversário que precisa ser dominado. A solução para os conflitos entre os homens é a criação de uma sociedade administrada pelo Estado, ao qual, através de um pacto (contrato social), os indivíduos conferem o poder de governar.

MONTESQUIEU – (1689-1755) – filósofo francês. Aspecto de destaque em seu pensamento político: divisão dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, tal como a conhecemos ates hoje. Montesquieu defende a ideia de que os poderem devem funcionar de maneira independente e com autonomia, sem haver subordinação ou domínio de qualquer um dos mesmos. Segundo Montesquieu, é necessário haver equilíbrio entre os poderes e os mesmos devem ser exercidos por pessoas diferentes. Obra de destaque: “O Espírito das Leis”.

JEAN-JACQUES ROUSSEAU – (1712-1778) – filósofo suíço. Autor da obra: “O Contrato Social”. Procura investigar a razão pela qual os homens submetem sua liberdade ao poder político do Estado. Assim como Hobbes, defende a ideia de que o Estado resulta de um pacto social (teorias contratualistas). Para Rousseau, as leis devem expressar a vontade geral do povo; o interesse do cidadão deve ser o bem comum.

KARL MARX – (1820-1895) – filósofo alemão. Crítico severo do sistema capitalista. Defende a ideia de que os homens viviam, originariamente, numa sociedade sem classes (comunismo primitivo), mas que, ao longo da história, certos grupos assumiram as funções administrativas, impondo normas para a organização da comunidade. Segundo Marx, a origem da desigualdade social – e, consequentemente, do Estado – está na propriedade privada. Para Marx, a função do Estado é a manutenção do poder da classe dominante – ou seja – o Estado nasce da desigualdade para manter a desigualdade. Obra de destaque: “O Capital”.
 
...................................................................
 
 
1.       Quais os temas básicos de investigação do campo de estudo denominado “Filosofia Política”?
2.       Qual o tema de investigação da obra “Política” e por que o filósofo considerava fundamental a análise do mesmo?
3.       Como o filósofo Bertrand Russel define “Poder”?
4.       Em que categorias o fenômeno do poder costuma ser dividido? Qual destas categorias é objeto da Política?
5.       Cite e exemplifique brevemente as três formas de poder, segundo Norberto Bobbio.
6.       De acordo com a análise de Bobbio, o que as três formas de poder têm em comum?
7.       Por que, segundo Bobbio, o poder político é superior aos demais?
 

—COM BASE NOS TÓPICOS: “ESTADO” – “ORIGEM DO ESTADO” – “FUNÇÃO DO ESTADO” – “SOCIEDADE CIVIL E ESTAD” – “DEMOCRACIA” E “DITADURA”, CONSTANTES EM NOSSA APOSTILA, RESPONDER AS QUESTÕES ABAIXO.

1.       QUAL A DEFINIÇÃO DE ESTADO ELABORADA PELO PENSADOR ALEMÃO MAX WEBER?
2.       FAÇA UMA SÍNTESE DA EXPLICAÇÃO FORNECIDA NO TEXTO SOBRE A ORIGEM DO ESTADO.
3.       DE ACORDO COM A CORRENTE LIBERAL, QUAL DEVE SER A FUNÇÃO DO ESTADO?
4.       DE ACORDO COM A CORRENTE MARXISTA, QUAL A RELAÇÃO ENTRE O ESTADO E AS CLASSES SOCIAIS DOMINANTES?
5.       O QUE VEM A SER “SOCIEDADE CIVIL”? QUE INSTITUIÇÕES FAZEM PARTE DA SOCIEDADE CIVIL?
6.       “ENTRE OS ANOS DE 1964 E 1985 O BRASIL VIVEU SOB UM REGIME POLÍTICO DITATORIAL. NA ATUALIDADE, VIVEMOS SOB UM REGIME POLÍTICO DEMOCRÁTICO”. JUSTIFIQUE ESTA AFIRMATIVA COM BASE NAS CARACTERÍSTICAS DA DEMOCRACIA E DA DITADURA APRESENTADAS NA APOSTILA.


1.       Como Platão concebeu a divisão da polis (cidade) e o que caberia a cada uma dos desses grupos?
2.       Por que, para Platão, a aristocracia era a melhor forma de governo?
3.       Aristóteles concebe o homem como um “animal político”. O que o filósofo queria afirmar com tal ideia?
4.       Durante a Idade Média a Igreja Católica defendeu a ideia de que “todo poder pertence a Deus”. Quais as conseqüências políticas de tal ideia?
5.       De acordo com Maquiavel, qual o objetivo da Política? Qual a relação entre este objetivo e a sua célebre frase: “Os fins justificam os meios”?
6.       Como Thomas Hobbes justifica a criação do Estado? Analise a frase a partir do pensamento de Hobbes: “O homem é o lobo do próprio homem”.
7.       Como Montesquieu concebe a divisão e a relação entre os poderes?
8.       De acordo com Rousseau, em que circunstâncias o indivíduo deve obediência ao poder político?
9.       Em que aspecto o pensamento de Hegel difere dos chamados “filósofos contratualistas” (Hobbes, Locke, Rousseau)?
10.   Na concepção de Karl Marx o Estado é um “instrumento do domínio de classe”. O que o filósofo quis expressar com tal ideia?

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO POLÍTICO – RESUMO ESQUEMÁTICO

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COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE COSTA E SILVA
DISCIPLINA – FILOSOFIA
PROF. RAYMUNDO GOUVEIA

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO POLÍTICO – RESUMO ESQUEMÁTICO

SÍNTESES DE ALGUMAS IDEIAS APRESENTADAS NOS TRABALHOS DO TURNO MATUTINO

OBS. ESTE MATERIAL DEVERÁ SERVIR APENAS COMO ROTEIRO DE ESTUDOS, PARA OS TURNOS MATUTINO E NOTURNO. ELE NÃO SUBSTITUI O ESTUDO DO TEXTO IMPRESSO.


SOFISTAS – Mestres da oratória; cobravam altos preços por seus ensinamentos. Importantes no contexto das intensas disputas políticas na Grécia Antiga, pois divulgavam técnicas eficientes de persuasão, indispensáveis aos discursos em praças públicas e assembleias.

PLATÃO – Autor da obra “A República”. Concepção aristocrática da Política (“aristos”: os melhores; “Cracia”: governo); defende a ideia do “rei-filósofo” como único capaz de governar, diante da incapacidade da maioria das pessoas. Só o “rei-filósofo” conhece a essência do bem e da justiça.

ARISTÓTELES – “O homem é um animal social e político” A política faz parte da natureza humana, pois o homem não pode viver isolado dos demais. A forma mais adequada de organização social é a pólis (cidade). A política é uma continuação da ética; a ética busca o bem individual enquanto a política visa o bem coletivo, o bem comum. É autor da obra “Política”.

IDADE MÉDIA – Aliança entre o poder eclesiástico e o poder político. Difusão da ideia do direito divino de governar atribuído aos reis, daí a monarquia ser considerada a forma mais adequada de exercício do poder e de se alcançar o bem comum. O pacto entre Igreja e Estado resulta em instituições como o Tribunal da Inquisição, que perseguiu e puniu os hereges, bem como o Index (lista de livros proibidos).

MAQUIAVEL – (1469-1527) – filósofo italiano. Fundador do pensamento político moderno. Procura desvincular a ética da política, diferentemente dos filósofos da antiguidade e do modelo medieval. Passa a considerar a política em termos reais e não em termos ideais. Enfatiza que o objetivo da política a manutenção do poder do Estado e que, para tanto, a ação política não deve considerar aspectos morais (neste sentido, “os fins justificam os meios”). A política é uma esfera autônoma, desvinculada, portanto, da ética e da religião. Obra de destaque no campo político: “O Príncipe”.

THOMAS HOBBES – (1588-1679) – filósofo inglês. Principal obra de cunho político: “O Leviatã”. Diferentemente de Aristóteles, não admite que o homem possua um instinto natural de sociabilidade. “O homem é o lobo do próprio homem” – ou seja – cada homem vê em seu semelhante um oponente, um adversário que precisa ser dominado. A solução para os conflitos entre os homens é a criação de uma sociedade administrada pelo Estado, ao qual, através de um pacto (contrato social), os indivíduos conferem o poder de governar.

MONTESQUIEU – (1689-1755) – filósofo francês. Aspecto de destaque em seu pensamento político: divisão dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, tal como a conhecemos ates hoje. Montesquieu defende a ideia de que os poderem devem funcionar de maneira independente e com autonomia, sem haver subordinação ou domínio de qualquer um dos mesmos. Segundo Montesquieu, é necessário haver equilíbrio entre os poderes e os mesmos devem ser exercidos por pessoas diferentes. Obra de destaque: “O Espírito das Leis”.

JEAN-JACQUES ROUSSEAU – (1712-1778) – filósofo suíço. Autor da obra: “O Contrato Social”. Procura investigar a razão pela qual os homens submetem sua liberdade ao poder político do Estado. Assim como Hobbes, defende a ideia de que o Estado resulta de um pacto social (teorias contratualistas). Para Rousseau, as leis devem expressar a vontade geral do povo; o interesse do cidadão deve ser o bem comum.

KARL MARX – (1820-1895) – filósofo alemão. Crítico severo do sistema capitalista. Defende a ideia de que os homens viviam, originariamente, numa sociedade sem classes (comunismo primitivo), mas que, ao longo da história, certos grupos assumiram as funções administrativas, impondo normas para a organização da comunidade. Segundo Marx, a origem da desigualdade social – e, consequentemente, do Estado – está na propriedade privada. Para Marx, a função do Estado é a manutenção do poder da classe dominante – ou seja – o Estado nasce da desigualdade para manter a desigualdade. Obra de destaque: “O Capital”.


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KARL MARX

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KARL MARX – (1820-1895) – filósofo alemão. Crítico severo do sistema capitalista. Defende a ideia de que os homens viviam, originariamente, numa sociedade sem classes (comunismo primitivo), mas que, ao longo da história, certos grupos assumiram as funções administrativas, impondo normas para a organização da comunidade. Segundo Marx, a origem da desigualdade social – e, consequentemente, do Estado – está na propriedade privada. Para Marx, a função do Estado é a manutenção do poder da classe dominante – ou seja – o Estado nasce da desigualdade para manter a desigualdade. Obra de destaque: “O Capital”

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

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Colégio Estadual Presidente Costa e Silva                                                                              
SOCIOLOGIA – III UNIDADE – Série: 3ª – VALOR = 3,0 + (1,0)*
TRABALHO: Regionalizando a Cultura                                                         
ð      Dentro do estudo sobre cultura, propor aos alunos a atividade:
·         Dividir as cinco regiões do Brasil;
·         Escolher um ou dois estados de cada uma delas;
·         Formar entre 07 e 08 equipes, e sortear, primeiro a região, em seguida o estado.
1.      Cada equipe irá pesquisar aspectos da cultura deste estado, tais como:
·         Festas populares; Costumes; Comidas;
·         Histórias (Obs.: caso haja, deverão ser contadas e não lidas) / folclore;
·         * Etnia de maior influência cultural no estado (branco, índio e negro);
·         OBSERVAÇÃO: A equipe deve especificar a região em que se localiza o estado sorteado e algum fato interessante em sua história.

2.      APRESENTAÇÃO
·         A equipe deverá escolher a forma de apresentação, entre as quais sugerimos: Dramatização, Paródia, Jogral, Exposição Participada, Música (criada pelo grupo).
·         A equipe deverá elaborar e aplicar uma atividade sobre o assunto para as demais equipes, tais como: Palavras Cruzadas; Questionário; Forca; Bingo; Verdadeiro/ Falso; Jogo da Velha etc. (também sorteados para não haver muita repetição).
·         As apresentações seguirão um calendário, sendo duas equipes a cada dia, por ordem de sorteio realizado em sala.
·         * Apresentar um jogral, ou música composta por alguém do grupo ou uma paródia, mostrando a participação da etnia mais dominante no estado pesquisado.
·         A equipe deverá explicitar sua opinião sobre o trabalho, por escrito, e entregar, à professora ao final da apresentação.
·         OBSERVAÇÃO: Todos os componentes deverão participar da apresentação; caso alguém não participe, não terá a pontuação individual e a nota da equipe será dividida por dois para este componente.
OBS: A  tabela não queria ir não.
 Coloquei como foto.

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TEXTO PARA ESTUDO: NOÇÕES GERAIS SOBRE CULTURA

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Colégio Estadual Presidente Costa e Silva – III UNIDADE
ALUNO: ________________________________________________ Série: 3ª – Turma: ____ 
DISCIPLINA: Sociologia                       Professora:____________________________________
TEXTO PARA ESTUDO: NOÇÕES GERAIS SOBRE CULTURA
     A cultura compreende os bens materiais, de um modo geral, como utensílios, ferramentas, moradias, meios de transporte, comunicação e outros. E também os bens não-materiais, como as representações simbólicas, os conhecimentos, as crenças e os sistemas de valores, isto é, o conjunto de normas que orienta a vida em sociedade.
     A produção cultural da espécie humana é um documento vivo da história da humanidade. Desde a pré-história até os nossos dias a espécie humana faz cultura, manifestando, através dela, o seu conhecimento e a sua visão de mundo. Por exemplo, a figura de um bisonte pintada na Gruta de Niaux (França), no período pré-histórico, é uma manifestação cultural, tanto quanto a famosa torre Eiffel ou os aviões Mirage.
     A cultura não é sempre a mesma. Apresenta formas e características diferentes no espaço e no tempo. Por exemplo, o namoro no Brasil atual é bastante diferente do namoro no Brasil do século XIX. E mesmo nos dias atuais o namoro é diferente quando se trata da zona rural ou da urbana.
     Toda cultura é suficiente para os fins a que se propõe, embora eventualmente com questões não resolvidas. Por exemplo, ficamos deslumbrados com os avanços da medicina, mas ao mesmo tempo nos damos conta de que temos muitas questões de saúde não solucionadas, como é o caso de câncer e da Aids, por exemplo. O mesmo se verifica na cultura indígena – suas práticas medicinais são suficientes para resolver certos problemas de saúde, deparando-se também com doenças que não consegue curar.
     Comparando esses dois universos distintos – a medicina indígena e a nossa -, podemos concluir que não há nada que nos autorize a considerar a superioridade de uma cultura sobre a outra.  
CULTURA ERUDITA E CULTURA POPULAR
     A separação entre cultura popular e erudita, com a atribuição de maior valor à segunda, está relacionada à divisão da sociedade em classes, ou seja, é resultado e manifestação das diferenças sociais. Há, de acordo com essa classificação, uma cultura identificada com os segmentos populares e outra, superior, identificada com as elites.
     A cultura erudita abrangeria expressões artísticas como a música clássica de padrão europeu, as artes plásticas – escultura e pintura -, o teatro e a literatura de cunho universal. Esses produtos culturais, como qualquer mercadoria, podem ser comprados e, em alguns casos, até deixados de herança como bens físicos.
     A chamada cultura popular encontra expressão nos mitos e contos, danças, música – de sertaneja a cabocla –, artesanato rústico de cerâmica ou de madeira e pintura; corresponde, enfim, à manifestação genuína de um povo. Mas não se restringe ao que é tradicionalmente produzido no meio rural. Inclui também expressões urbanas recentes, como os grafites, o hip-hop e os sincretismos musicais oriundos do interior ou das grandes cidades, o que demonstra haver constante criação e recriação no universo cultural de base popular. Nesse universo quem cria é o povo, nas condições possíveis. A palavra folclore (do inglês folklore, junção de folk, “povo”, e lore, “saber”) significa “discurso do povo”, “sabedoria do povo” ou “conhecimento do povo”.
     Para examinar criticamente essa diferenciação, voltemos ao termo cultura, agora segundo a análise do pensador brasileiro Alfredo Bosi. De acordo com Bosi, não há no grego uma palavra específica para cultura; há sim, uma palavra que se aproxima desse conceito, que é paideia, “aquilo que se ensina à criança”, “aquilo que deve ser trabalhado na criança até que ela se transforme em adulta”. A palavra cultura vem do latim e designa “o ato de cultivar a terra”, “de cuidar do que se planta”, ou seja, é o trabalho de preparar o solo, semear e fazer tudo para que uma planta cresça e dê frutos.
     Cultura está assim vinculada ao ato de trabalhar, a determinada ação, seja a de ensinar uma criança, seja a de cuidar de um plantio. Se pensarmos nesse sentido original, todos têm acesso à cultura, pois todos podem trabalhar. Para escrever um romance, é preciso trabalhar uma narrativa; para fazer uma toalha de renda, uma música, uma mesa de madeira ou uma peça de mármore, é necessário trabalhar. Para Bosi, isso é cultura. E é por essa razão que os produtos culturais gerados pelo trabalho chamam-se obras, que vem de opus, derivado do verbo operar, ou seja, é o processo de fazer, de criar algo.

     Se uma pessoa compra um livro, um disco, um quadro ou uma escultura, vai ao teatro ou a exposições, adquire, mas não produz cultura, ou seja, ela pode possuir ou ter acesso aos bens culturais gerados pelo trabalho, sem produzi-los. Esses bens servem para proporcionar deleite e prazer, e são usados por algumas pessoas para afirmar e mostrar que “possuem cultura”, quando são apenas consumidoras de uma mercadoria como qualquer outra. Não ter acesso a esses bens não significa, portanto, não ter cultura.
     A cultura erudita ou “superior”, também designada cultura de elite, foi se distanciando da maioria da população, pois era feita pela e para a burguesia.
     A cultura popular, por sua vez, mais próxima de senso comum e mais identificada como ele, é produzida e consumida pela própria população, sem necessitar de técnicas racionalizadas e científicas. É uma cultura em geral transmitida oralmente, registrando as tradições e os costumes de um determinado grupo social. Da mesma forma que a cultura erudita, a cultura popular alcança formas artísticas expressivas e significativas.
CULTURA DE MASSA: a industrialização da cultura
    A partir do final do século XIX, a industrialização em larga escala atingiu também os elementos da cultura erudita e da popular, dando início à indústria cultural.
     O incessante desenvolvimento da tecnologia, tornando-a cada vez mais sofisticada, principalmente nos meios de comunicação (fotografia, fonografia, cinema, rádio, televisão, etc.), passou a atingir um grande número de pessoas, dando origem à chamada cultura de massa.
     Ao contrário das culturas erudita e popular, a cultura de massa não está ligada a nenhum grupo social específico, pois é transmitida de maneira industrializada para um público generalizado, de diferentes camadas socioeconômicas. O que temos, então, é a formação de um enorme mercado de consumidores em potencial, atraídos pelos produtos oferecidos pela indústria cultural. Esse mercado constitui, na verdade, a chamada sociedade de consumo.
     Com a industrialização dos elementos da cultura erudita e da popular, o produto cultural se apresenta de uma forma esteticamente nova e diferente. Podemos tomar como exemplo a gravação de uma sinfonia de Beethoven executada com o auxílio de sintetizadores e outros aparelhos de alta tecnologia, cujo ritmo e som diferentes quase originam uma nova obra.
     Para concluir, podemos dizer que a indústria cultural, utilizando-se dos meios de comunicação, primeiramente lança o produto em grande quantidade (milhares ou milhões de discos, por exemplo) e, depois, induz as pessoas a consumirem esse produto, apelando para outras razões elem do seu valor artístico.
     A cultura de massa, ao divulgar produtos culturais de diferentes origens (erudita e popular), possibilita o seu conhecimento por diferentes camadas sociais, criando também um campo estético próprio e atraente voltado para o consumo generalizado da sociedade.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. 50 ed. São Paulo: Editora Ática, 2001. cap. 7.
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. cap. 18.

EXERCÍCIO: Formular quatro afirmativas do tipo Verdadeiro / Falso. 

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domingo, 4 de setembro de 2011

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Colégio Estadual Presidente Costa e Silva – III UNIDADE
ALUNO: ________________________________________________ Série: 3ª – Turma: ____ 
DISCIPLINA: Sociologia                       Professora:____________________________________
TEXTO PARA ESTUDO: NOÇÕES GERAIS SOBRE CULTURA


     A cultura compreende os bens materiais, de um modo geral, como utensílios, ferramentas, moradias, meios de transporte, comunicação e outros. E também os bens não-materiais, como as representações simbólicas, os conhecimentos, as crenças e os sistemas de valores, isto é, o conjunto de normas que orienta a vida em sociedade.
     A produção cultural da espécie humana é um documento vivo da história da humanidade. Desde a pré-história até os nossos dias a espécie humana faz cultura, manifestando, através dela, o seu conhecimento e a sua visão de mundo. Por exemplo, a figura de um bisonte pintada na Gruta de Niaux (França), no período pré-histórico, é uma manifestação cultural, tanto quanto a famosa torre Eiffel ou os aviões Mirage.
     A cultura não é sempre a mesma. Apresenta formas e características diferentes no espaço e no tempo. Por exemplo, o namoro no Brasil atual é bastante diferente do namoro no Brasil do século XIX. E mesmo nos dias atuais o namoro é diferente quando se trata da zona rural ou da urbana.
     Toda cultura é suficiente para os fins a que se propõe, embora eventualmente com questões não resolvidas. Por exemplo, ficamos deslumbrados com os avanços da medicina, mas ao mesmo tempo nos damos conta de que temos muitas questões de saúde não solucionadas, como é o caso de câncer e da Aids, por exemplo. O mesmo se verifica na cultura indígena – suas práticas medicinais são suficientes para resolver certos problemas de saúde, deparando-se também com doenças que não consegue curar.
     Comparando esses dois universos distintos – a medicina indígena e a nossa -, podemos concluir que não há nada que nos autorize a considerar a superioridade de uma cultura sobre a outra.  
CULTURA ERUDITA E CULTURA POPULAR
     A separação entre cultura popular e erudita, com a atribuição de maior valor à segunda, está relacionada à divisão da sociedade em classes, ou seja, é resultado e manifestação das diferenças sociais. Há, de acordo com essa classificação, uma cultura identificada com os segmentos populares e outra, superior, identificada com as elites.
     A cultura erudita abrangeria expressões artísticas como a música clássica de padrão europeu, as artes plásticas – escultura e pintura -, o teatro e a literatura de cunho universal. Esses produtos culturais, como qualquer mercadoria, podem ser comprados e, em alguns casos, até deixados de herança como bens físicos.
     A chamada cultura popular encontra expressão nos mitos e contos, danças, música – de sertaneja a cabocla –, artesanato rústico de cerâmica ou de madeira e pintura; corresponde, enfim, à manifestação genuína de um povo. Mas não se restringe ao que é tradicionalmente produzido no meio rural. Inclui também expressões urbanas recentes, como os grafites, o hip-hop e os sincretismos musicais oriundos do interior ou das grandes cidades, o que demonstra haver constante criação e recriação no universo cultural de base popular. Nesse universo quem cria é o povo, nas condições possíveis. A palavra folclore (do inglês folklore, junção de folk, “povo”, e lore, “saber”) significa “discurso do povo”, “sabedoria do povo” ou “conhecimento do povo”.
     Para examinar criticamente essa diferenciação, voltemos ao termo cultura, agora segundo a análise do pensador brasileiro Alfredo Bosi. De acordo com Bosi, não há no grego uma palavra específica para cultura; há sim, uma palavra que se aproxima desse conceito, que é paideia, “aquilo que se ensina à criança”, “aquilo que deve ser trabalhado na criança até que ela se transforme em adulta”. A palavra cultura vem do latim e designa “o ato de cultivar a terra”, “de cuidar do que se planta”, ou seja, é o trabalho de preparar o solo, semear e fazer tudo para que uma planta cresça e dê frutos.
     Cultura está assim vinculada ao ato de trabalhar, a determinada ação, seja a de ensinar uma criança, seja a de cuidar de um plantio. Se pensarmos nesse sentido original, todos têm acesso à cultura, pois todos podem trabalhar. Para escrever um romance, é preciso trabalhar uma narrativa; para fazer uma toalha de renda, uma música, uma mesa de madeira ou uma peça de mármore, é necessário trabalhar. Para Bosi, isso é cultura. E é por essa razão que os produtos culturais gerados pelo trabalho chamam-se obras, que vem de opus, derivado do verbo operar, ou seja, é o processo de fazer, de criar algo.
     Se uma pessoa compra um livro, um disco, um quadro ou uma escultura, vai ao teatro ou a exposições, adquire, mas não produz cultura, ou seja, ela pode possuir ou ter acesso aos bens culturais gerados pelo trabalho, sem produzi-los. Esses bens servem para proporcionar deleite e prazer, e são usados por algumas pessoas para afirmar e mostrar que “possuem cultura”, quando são apenas consumidoras de uma mercadoria como qualquer outra. Não ter acesso a esses bens não significa, portanto, não ter cultura.
     A cultura erudita ou “superior”, também designada cultura de elite, foi se distanciando da maioria da população, pois era feita pela e para a burguesia.
     A cultura popular, por sua vez, mais próxima de senso comum e mais identificada como ele, é produzida e consumida pela própria população, sem necessitar de técnicas racionalizadas e científicas. É uma cultura em geral transmitida oralmente, registrando as tradições e os costumes de um determinado grupo social. Da mesma forma que a cultura erudita, a cultura popular alcança formas artísticas expressivas e significativas.
CULTURA DE MASSA: a industrialização da cultura
    A partir do final do século XIX, a industrialização em larga escala atingiu também os elementos da cultura erudita e da popular, dando início à indústria cultural.
     O incessante desenvolvimento da tecnologia, tornando-a cada vez mais sofisticada, principalmente nos meios de comunicação (fotografia, fonografia, cinema, rádio, televisão, etc.), passou a atingir um grande número de pessoas, dando origem à chamada cultura de massa.
     Ao contrário das culturas erudita e popular, a cultura de massa não está ligada a nenhum grupo social específico, pois é transmitida de maneira industrializada para um público generalizado, de diferentes camadas socioeconômicas. O que temos, então, é a formação de um enorme mercado de consumidores em potencial, atraídos pelos produtos oferecidos pela indústria cultural. Esse mercado constitui, na verdade, a chamada sociedade de consumo.
     Com a industrialização dos elementos da cultura erudita e da popular, o produto cultural se apresenta de uma forma esteticamente nova e diferente. Podemos tomar como exemplo a gravação de uma sinfonia de Beethoven executada com o auxílio de sintetizadores e outros aparelhos de alta tecnologia, cujo ritmo e som diferentes quase originam uma nova obra.
     Para concluir, podemos dizer que a indústria cultural, utilizando-se dos meios de comunicação, primeiramente lança o produto em grande quantidade (milhares ou milhões de discos, por exemplo) e, depois, induz as pessoas a consumirem esse produto, apelando para outras razões elem do seu valor artístico.
     A cultura de massa, ao divulgar produtos culturais de diferentes origens (erudita e popular), possibilita o seu conhecimento por diferentes camadas sociais, criando também um campo estético próprio e atraente voltado para o consumo generalizado da sociedade.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. 50 ed. São Paulo: Editora Ática, 2001. cap. 7.
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. cap. 18.
Colégio Estadual Presidente Costa e Silva
ALUNO: ________________________________________________________ Série: 3ª – Turma: ____ 
DISCIPLINA: Sociologia                                    Professora: ____________________________________
III UNIDADE – TEXTO PARA ESTUDO: I. Os elementos da cultura
    (OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Editora Ática, São Paulo, 2001. p. 134-143 e149)


A cultura é um todo, um sistema, um conjunto de elementos ligados estreitamente uns aos outros. Para efeito de estudo, vamos desmembrá-las em suas partes, seus elementos.
     Os principais elementos de uma cultura são: traços culturais; o complexo cultural;; a área cultural; o padrão cultural; a subcultura.
TRAÇOS CULTURAIS
     Uma idéia, uma crença representam traços culturais. Um carro, um lápis, uma capa, uma pulseira, um computador também são exemplos de traços culturais.
     Os traços culturais são os elementos mais simples da cultura. Eles são as unidades de uma cultura.
     É necessário ressaltar que os traços culturais só têm significado quando considerados dentro de uma cultura específica. Um colar pode ser um simples adorno para determinado grupo e para outro ter um significado mágico ou religioso. Para os fiéis das religiões afro-brasileiras, por exemplo, os colares usados têm cores especiais, dependendo da divindade cultuada pela pessoa e, de acordo com a crença, dão proteção a quem os usa. Portanto, só no conjunto da cultura é que se pode entender um determinado traço.
COMPLEXO CULTURAL
     A combinação dos traços culturais em torno de uma atividade básica forma um complexo cultural. Por exemplo, o carnaval no Brasil é um complexo cultural que reúne um grupo de traços culturais relacionados uns com os outros: carros alegóricos, música, dança, instrumentos musicais, desfiles, etc. Da mesma forma, o futebol é um complexo cultural que pode ser desmembrado em vários traços culturais: o campo, abola, o juiz, os jogadores, a torcida, as regras do jogo, etc.
ÁREA CULTURAL
     A região em que predominam determinados complexos culturais forma uma área cultural. Esta é, portanto, a área geográfica por onde se distribui uma certa cultura. Assim, os grupos humanos localizados em determinada área cultural apresentam grandes semelhanças quanto aos traços e complexos culturais.
PADRÃO CULTURAL
     Padrão cultural é uma norma de comportamento estabelecida pela sociedade. Em que vivem. Quando os membros de uma sociedade agem de uma mesma forma estão expressando os padrões culturais de grupo. No Brasil, por exemplo, o casamento monogâmico é um padrão de nossa cultura.
EXERCÍCIO: Dê quatro exemplos de traços culturais ligados à vida escolar.



II. SUBCULTURA
     No interior de uma cultura podem aparecer diferenças significativas, caracterizando a existência de uma subcultura. Há regiões do rio Grande do Sul onde, além dos costumes e valores serem muitas vezes diferentes dos praticados no restante do país, até a língua principal é o italiano ou o alemão.
     Também os jovens apresentam costumes às vezes muito diferentes dos da população adulta; por isso, alguns autores falam de uma subcultura juvenil.
     Numa subcultura geralmente encontramos os mesmos elementos da cultura, mas com seus símbolos, suas normas, sanções e seus valores sociais particulares. Veja o exemplo da subcultura juvenil representada pelas tribos urbanas. Cada membro da tribo se reconhece pelos símbolos comuns, como o vestuário e o linguajar característicos que permeiam o espírito do grupo. Temos como exemplo a tribo urbana de góticos e a tribo urbana de clubers. Góticos e clubers se identificam entre si principalmente pelo vestuário e pela maneira de pensar sobre a vida. Enquanto os jovens identificados como góticos têm uma visão mais pessimista da sociedade e do seu futuro – mostrando isso em suas vestimentas escuras e com o uso de símbolos como a cruz e as caveiras –, os clubers encaram a vida como uma festa – enfeitando-se com roupas coloridas, reúnem-se sistematicamente para dançar em espaços com decoração futurista e muita música tecno. Os dois casos são exemplos de subcultura juvenil, com seus símbolos, suas normas sanções e seus valores sociais particulares.

ð     Aculturação: contato e mudança cultural
     Durante a colonização do Brasil, ocorreram intensos contatos entre a cultura do colonizador português e as culturas dos povos indígenas e dos africanos trazidos como escravos.
     Como consequência desse contato, ocorreram modificações na cultura dos brancos – que assimilaram muitos costumes das outras culturas – e também nas culturas indígenas e africanas – que foram dominadas e perderam algumas de suas características.
     Desse processo de contato e mudança cultural – conhecido como aculturação – resultou a cultura brasileira.
     Quando dois ou mais humanos de grupos diferentes entram em contato direto e contínuo, geralmente ocorrem mudanças culturais nos grupos, pois verifica-se a transmissão de traços culturais de uma sociedade para outra.

III. CONTRACULTURA
     Nas sociedades contemporâneas encontramos pessoas que contestam certos valores culturais vigentes, opondo-se radicalmente a eles, num movimento chamado contracultura. Por exemplo, o movimento hippie da década de 1960 foi um movimento de contracultura, porque se opunha radicalmente aos valores culturais considerados importantes na sociedade ocidental, quais sejam: o trabalho, o patriotismo, a acumulação de riquezas e a ascensão social.
EXERCÍCIO: O que você entende por subcultura e contracultura? Dê um exemplo de cada conceito


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Colégio Estadual Presidente Costa e Silva
ALUNO: ________________________________________________________ Série: 3ª – Turma: ____ 
DISCIPLINA: Sociologia                                    Professora: ____________________________________
III UNIDADE – TEXTO PARA ESTUDO: I. Os elementos da cultura
    (Fonte: OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Editora Ática, São Paulo, 2001. p. 134-143 e149).




A cultura é um todo, um sistema, um conjunto de elementos ligados estreitamente uns aos outros. Para efeito de estudo, vamos desmembrá-las em suas partes, seus elementos.
     Os principais elementos de uma cultura são: traços culturais; o complexo cultural;; a área cultural; o padrão cultural; a subcultura.
TRAÇOS CULTURAIS
     Uma idéia, uma crença representam traços culturais. Um carro, um lápis, uma capa, uma pulseira, um computador também são exemplos de traços culturais.
     Os traços culturais são os elementos mais simples da cultura. Eles são as unidades de uma cultura.
     É necessário ressaltar que os traços culturais só têm significado quando considerados dentro de uma cultura específica. Um colar pode ser um simples adorno para determinado grupo e para outro ter um significado mágico ou religioso. Para os fiéis das religiões afro-brasileiras, por exemplo, os colares usados têm cores especiais, dependendo da divindade cultuada pela pessoa e, de acordo com a crença, dão proteção a quem os usa. Portanto, só no conjunto da cultura é que se pode entender um determinado traço.
COMPLEXO CULTURAL
     A combinação dos traços culturais em torno de uma atividade básica forma um complexo cultural. Por exemplo, o carnaval no Brasil é um complexo cultural que reúne um grupo de traços culturais relacionados uns com os outros: carros alegóricos, música, dança, instrumentos musicais, desfiles, etc. Da mesma forma, o futebol é um complexo cultural que pode ser desmembrado em vários traços culturais: o campo, abola, o juiz, os jogadores, a torcida, as regras do jogo, etc.
ÁREA CULTURAL
     A região em que predominam determinados complexos culturais forma uma área cultural. Esta é, portanto, a área geográfica por onde se distribui uma certa cultura. Assim, os grupos humanos localizados em determinada área cultural apresentam grandes semelhanças quanto aos traços e complexos culturais.
PADRÃO CULTURAL
     Padrão cultural é uma norma de comportamento estabelecida pela sociedade. Em que vivem. Quando os membros de uma sociedade agem de uma mesma forma estão expressando os padrões culturais de grupo. No Brasil, por exemplo, o casamento monogâmico é um padrão de nossa cultura.
EXERCÍCIO: Dê quatro exemplos de traços culturais ligados à vida escolar.





II. SUBCULTURA
     No interior de uma cultura podem aparecer diferenças significativas, caracterizando a existência de uma subcultura. Há regiões do rio Grande do Sul onde, além dos costumes e valores serem muitas vezes diferentes dos praticados no restante do país, até a língua principal é o italiano ou o alemão.
     Também os jovens apresentam costumes às vezes muito diferentes dos da população adulta; por isso, alguns autores falam de uma subcultura juvenil.
     Numa subcultura geralmente encontramos os mesmos elementos da cultura, mas com seus símbolos, suas normas, sanções e seus valores sociais particulares. Veja o exemplo da subcultura juvenil representada pelas tribos urbanas. Cada membro da tribo se reconhece pelos símbolos comuns, como o vestuário e o linguajar característicos que permeiam o espírito do grupo. Temos como exemplo a tribo urbana de góticos e a tribo urbana de clubers. Góticos e clubers se identificam entre si principalmente pelo vestuário e pela maneira de pensar sobre a vida. Enquanto os jovens identificados como góticos têm uma visão mais pessimista da sociedade e do seu futuro – mostrando isso em suas vestimentas escuras e com o uso de símbolos como a cruz e as caveiras –, os clubers encaram a vida como uma festa – enfeitando-se com roupas coloridas, reúnem-se sistematicamente para dançar em espaços com decoração futurista e muita música tecno. Os dois casos são exemplos de subcultura juvenil, com seus símbolos, suas normas sanções e seus valores sociais particulares.


ð     Aculturação: contato e mudança cultural
Durante a colonização do Brasil, ocorreram intensos contatos entre a cultura do colonizador português e as culturas dos povos indígenas e dos africanos trazidos como escravos.
Como consequência desse contato, ocorreram modificações na cultura dos brancos – que assimilaram muitos costumes das outras culturas – e também nas culturas indígenas e africanas – que foram dominadas e perderam algumas de suas características.
Desse processo de contato e mudança cultural – conhecido como aculturação – resultou a cultura brasileira.
Quando dois ou mais humanos de grupos diferentes entram em contato direto e contínuo, geralmente ocorrem mudanças culturais nos grupos, pois verifica-se a transmissão de traços culturais de uma sociedade para outra.


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